Propag: após alerta de prazo, governo Zema quer nova reunião com BNDES
Governo do estado enviou ofício solicitando uma reunião remota na segunda-feira para aprofundar a avaliação das empresas estatais
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Siga noO vice-governador Mateus Simões (Novo) enviou um ofício para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta quinta-feira (5/6), solicitando uma reunião com os técnicos da instituição e do Ministério da Fazenda para discutirem o processo de avaliação das empresas estatais que podem ser federalizadas no âmbito do Programa de Pleno Pagamento da Dívida (Propag).
Na quarta-feira (4/6), o banco alertou o governo do estado sobre a impossibilidade de avaliar as empresas dentro dos prazos estabelecidos pelo programa. Segundo o decreto que regulamentou a medida, os estados interessados em aderir ao Propag precisam enviar a lista de ativos a serem federalizados até outubro, e o pedido de adesão até dezembro.
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Segundo o ofício enviado pelo vice-governador, a reunião tem como objetivo aprofundar a discussão do processo de avaliação das estatais frente ao alerta que o BNDES fez. A data sugerida pelo Palácio Tiradentes é na próxima segunda-feira, de maneira remota.
Sem a avaliação do banco, o estado terá que decidir sobre o Propag sem saber o valor dos ativos. O governo quer, no mínimo, um valor de referência para que não faça a adesão ao programa sem saber se consegue atingir os 20% de amortização do valor total da dívida, avaliada em R$ 170 bilhões - cerca de R$ 34 bilhões.
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“Uma das perguntas que a gente fez é: a gente está devendo, o credor quer que a gente pague de qualquer jeito , eu preciso dos descontos. Como é que eu vou prever a parcela de janeiro se o governo não me disser quanto é que vou abater da minha dívida?”, indagou Simões após a reunião de ontem.
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O governo mineiro trabalha com uma lista ampla de ativos que pretende oferecer, sendo o carro chefe do processo a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Companhia de Desenvolvimento (Codemge), avaliadas preliminarmente em R$ 22 bilhões. O proposta também inclui Cemig e Copasa, a UEMG, a Empresa Mineira de Comunicação (EMC), créditos de dívida ativa, e uma lista de 343 imóveis.