Zema diz que quer adotar modelo de combate ao crime de El Salvador em MG
'O que nós vimos lá em El Salvador foi uma solução. Então, volto extremamente confiante de que nós podemos fazer o mesmo aquI', afirma governador mineiro
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Siga noO governador Romeu Zema (Novo) pretende adotar medidas tomadas por El Salvador na área de segurança pública em Minas Gerais. O governador esteve no país da América Central na última semana. A viagem oficial previa encontro com o "ditador mais legal do mundo", mas Zema não foi recebido por ele.
"O que nós vimos lá em El Salvador foi uma solução. Então, volto extremamente confiante de que nós podemos fazer o mesmo aqui”, afirmou Zema, em visita a Montes Claros nesta segunda-feira (2/6).
Na viagem a El Salvador, Zema se encontrou com o vice-presidente Félix Ulhôa, que apresentou as políticas de segurança pública adotadas pelo país nos últimos anos. De acordo com os números divulgados pelo governo de El Salvador, o número de homicídios registrados no país caiu de maneira acentuada: hoje, está estimado em 21,2 para cada grupo de 100 mil habitantes, percentual quase 20 vezes inferior ao do Brasil.
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Em El Salvador, gangues aram a ser consideradas organizações terroristas, o que faz com que os criminosos sejam submetidos a uma legislação específica. Membros de gangues têm, por exemplo, penas somadas a cada crime, ao contrário de autores de outros tipos de crimes. O governo do país também afirma ter tomado medidas contra a corrupção, que, atualmente, não tem mais prescrição legal.
“El Salvador é um país que hoje tem muito o que ensinar para o mundo. Nos últimos quatro anos, a quantidade de homicídios em El Salvador foi reduzida em mais de 99%. Nós estamos falando que hoje no Brasil nós temos 45 mil homicídios por ano em média”, disse Zema, lembrando que, se a mesma redução ocorresse no território brasileiro o número de mortes violentas no Brasil reduzia para 400 ou 300 homicídios por ano.
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"Então, é uma redução descomunal que nunca se viu no mundo por um simples fato: simplesmente colocaram os criminosos atrás das grades. O que foi feito lá foi uma efetivação na questãode que, quem é criminoso, vai (ter que) ficar detido. E caracterizar essas facções criminosas como facções terroristas, porque são essas facções que hoje dominam algumas regiões no Brasil. Elas cobram de quem vive nesses territórios dominados taxas para a pessoa ter água, para a pessoa ter energia... o comércio que opera ali é extorquido e elas estão só ganhando força”, comentou Zema.
O governador de Minas aproveitou para voltar a criticar o governo do presidente Luiz Inácio da Silva (PT), que, segundo ele, “não tem coragem” de caracterizar as organizações criminosas como terroristas. “Me parece que o governo PT, de Lula, não tem coragem de caracterizar essas organizações como terroristas, mas elas são terroristas. Aqui em Minas, nós já tivemos operações em que (os criminosas) colocam inocentes como escudo humano em cima de um carro para que eles possam chegar em segurança num lugar sem que a polícia não atire. Então, é preciso ter coragem, é preciso ter efetividade”, assegurou Zema.
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Ele lembrou que está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei que visa considerar as organizações criminosas como terroristas. “Eu espero que (a proposta) seja aprovada. Nós vamos ter a solução da segurança pública aqui no Brasil. É colocar bandido que hoje está na rua, infernizando a vida das pessoas, matando, roubando, detido. Essa é a solução”, concluiu.