Mundo Corporativo

Empresas com diversidade mostram tendência de lucro

Estudo realizado pela B3 indica que participação feminina em cargos de liderança em empresas de capital aberto é inferior a 10%

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Vários estudos comprovam a importância da liderança feminina nas empresas. Um deles, realizado pela consultoria McKinsey e citado em artigo publicado no site da Câmara Americana de Comércio (AmCham) no Brasil, demonstra que as empresas com diversidade de gênero costumam ser 21% mais lucrativas. Entretanto, o o feminino a posições de liderança — luta de mais de um século por mais igualdade de gênero — ainda tem muito para evoluir no Brasil. 

Levantamento realizado em 2021 pela B3, a bolsa de valores brasileira, comprova esse cenário. Considerando 408 empresas de capital aberto situadas no estado de São Paulo, a pesquisa revelou que, a cada 100 companhias, apenas seis contam com três ou mais mulheres em cargos de diretoria — menos de 10%.

Outra pesquisa conduzida pela Catho, no mesmo ano, demonstrou que a renda das mulheres em cargos de liderança tem uma diferença média de 34% em relação à dos homens. Esses dados evidenciam que, apesar da evolução, a participação das mulheres no ambiente empresarial ainda precisa avançar consideravelmente.

Segundo o artigo da AmCham Brasil, a presença de mulheres em cargos de liderança é fundamental por diversos motivos. Um deles é que ter líderes femininas ajuda a diversificar as perspectivas nas empresas e é um o importante em direção à diversidade e inclusão nas organizações.

Uma empresa com mulheres na liderança tem, também, grande possibilidade de criar redes de apoio para uma crescente inserção e manutenção delas no ambiente de trabalho.

Essa foi uma das premissas, por exemplo, para que a Tial — indústria mineira de sucos naturais sem conservantes — aderisse ao movimento Elas lideram 2030, iniciativa do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca acelerar a paridade de gênero na alta liderança das empresas de todo o mundo.

Com isso, a Tial ou a dar e educacional, emocional e socioeconômico para que talentos femininos pudessem crescer de forma acelerada na companhia. “Identificamos e eliminamos problemas que dificultam a ascensão das mulheres na hierarquia da empresa”, afirma Flávia Reis, diretora de pessoas. “Pode ser falta de alguma formação específica, de apoio em casa, dificuldade com os filhos na escola. Buscamos sempre encontrar uma forma de ajudar. Estruturamos programas de desenvolvimento, temos metas claras de diversidade, revisamos processos seletivos e fortalecemos a cultura inclusiva constantemente”.

Estudos comprovam que a presença feminina na liderança vem acompanhada de uma tendência maior ao sucesso empresarial. A pesquisa da consultoria McKinsey, feita na América Latina, comparou os gêneros dos líderes e dados financeiros de diferentes empresas. A partir disso, mostrou que aquelas com pelo menos uma mulher em sua equipe de líderes têm uma tendência maior à lucratividade, com 50% a mais de probabilidade de aumentar sua lucratividade (em relação a empresas sem nenhuma mulher na liderança).

Embora haja um número crescente de mulheres em cargos de liderança em empresas, elas ainda enfrentam barreiras significativas para chegar aos cargos mais altos. Segundo a pesquisa Estatísticas de Gênero, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, apenas 39,3% dos cargos gerenciais nas empresas brasileiras eram ocupados por mulheres.

O artigo da AmCham Brasil lista várias medidas que as empresas podem adotar para aumentar a representação de mulheres em posições de liderança:

? Estabelecer metas de diversidade — Ajuda a incentivar a contratação e promoção de mulheres para cargos de liderança. As metas devem ser desafiadoras, mas alcançáveis, e precisam ser monitoradas e relatadas regularmente.

? Revisar os processos de recrutamento e seleção — Um dos caminhos é a identificação e a eliminação de eventuais preconceitos de gênero. É possível, por exemplo, excluir práticas de recrutamento exclusivas para homens, bem como garantir a presença de um bom número de mulheres nos painéis de entrevistas.

? Oferecer programas de desenvolvimento de liderança específicos para mulheres — Dessa forma, as empresas disponibilizam oportunidades de treinamento e mentoria para ajudá-las a desenvolver as habilidades necessárias para cargos de liderança.

? Estabelecer políticas de equilíbrio entre vida pessoal e profissional — Exemplo disso é a criação de horários flexíveis e licença-maternidade estendida. Assim, há um incentivo à retenção de mulheres em cargos de liderança.

? Fomentar uma cultura inclusiva e acolhedora — Trata-se de uma forma de celebrar a diversidade e valorizar as contribuições das mulheres. Para tanto, é possível promover eventos que destaquem as realizações das mulheres, bem como implementar programas de diversidade e inclusão.



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