México pedirá a Trump para ser excluído de tarifa de 50% sobre aço e alumínio
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Siga noO governo do México disse nesta terça-feira (3) que pedirá para ser excluído da sobretaxa de 50% sobre o aço e o alumínio que foi anunciada pela istração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas de Trump já que 80% de suas exportações têm como destino os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.
"Pediremos na sexta-feira que o México seja excluído", disse a jornalistas o secretário de Economia, Marcelo Ebrard, que classificou a medida de "injusta, insustentável e inconveniente".
Ebrard acrescentou que as tarifas são injustas porque os Estados Unidos têm um superávit comercial com o México, ou seja, enviam mais aço do que importam.
"Não faz sentido colocar tarifas a um produto no qual você tem superávit", afirmou Ebrard, que disse que, dificilmente, essa sobretaxa poderá ser mantida ao longo do tempo por seu impacto econômico.
No encerramento de 2024, os Estados Unidos registravam um superávit em relação ao país vizinho de 2,4 milhões de toneladas de aço, segundo dados da indústria.
Trump firmou nesta terça um decreto que aumenta de 25% para 50% as tarifas às importações de aço e alumínio, que considera setores estratégicos.
O Canadá é seu principal fornecedor de aço, seguido por Brasil e México, com produtos destinados a indústrias como a automotiva e a construção.
O governo do México conseguiu evitar as chamadas tarifas recíprocas que Trump aplicou a dezenas de países, mas enfrenta sobretaxas a essa indústria e ao vital setor automotivo.
O governo mexicano disse que cerca de 90% do comércio com os Estados Unidos está isento de tarifas graças ao acordo de livre comércio T-MEC, cuja revisão começará entre setembro e outubro.
No fim de maio, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum afirmou que o seu governo segue negociando sobre o tema das tarifas com Trump.
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