A partir desta sexta-feira (4/4), quem ar pela orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, verá quatro estruturas flutuantes, inspiradas em barcos a vela, sobre a lâmina d'água. Tratam-se de estruturas criadas pela startup Infinito Mare: ao girar em torno do próprio eixo, ao sabor dos ventos e das correntes, elas coletam dados sobre a qualidade da água.

Além de realizar o monitoramento, as caravelas estimulam o crescimento de algas nativas, que desempenham um papel vital de oxigenação da água, de captura de CO2 e de absorção de poluentes, como metais pesados e nutrientes em excesso.  

De acordo com os criadores, as caravelas são uma Solução Baseada na Natureza (SbN) para monitorar e despoluir rios, baías, lagos, represas e outros corpos hídricos de água doce e salgada. O termo SbN significa que elas contemplam soluções que mimetizam processos naturais e que usam a natureza como um ator na eficiência.

A escolha da Pampulha, ainda segundo a Infinito Mare, ocorreu porque a lagoa é um cenário ideal para a implementação da tecnologia, já que sofre com o derramamento de esgoto nos córregos afluentes, seja por conta da poluição difusa arrastada pela água das chuvas. Além disso, há a questão da importância histórica e cultural da Pampulha para Minas Gerais.

A Zurich Seguros, que é parceira da Infinito Mare no projeto, destaca que Belo Horizonte é o berço das próprias atividades no Brasil. "As caravelas são uma intervenção urbana e artística que cumprem um papel de conscientização da população, chamando a atenção para a importância da sustentabilidade e da preservação dos recursos hídricos", diz Lucía Sarraceno, diretora de marketing, clientes, inovação e sustentabilidade da empresa.

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