POLÍCIA CIVIL DE MG

Delegada Monah Zein fica em silêncio durante seu depoimento em audiência

Quatro policiais da Core apareceram na porta do apartamento da delegada e a servidora transmitiu a situação ao vivo em novembro de 2023

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A audiência de instrução da delegada Monah Zein, que responde pela tentativa de homicídio contra quatro policiais civis, aconteceu nesta quarta-feira (30/4). A ré usou o direito constitucional de ficar em silêncio, apenas reafirmando que estava sendo perseguida dentro da Polícia Civil. 

Zein alegou que se afastou de licença-médica "para não adoecer e para cuidar da saúde" e, por causa de tais perseguições, não queria o contato com nenhuma pessoa da corporação em que trabalhava. 

A juíza encarregada do caso, Ana Carolina Rauen, abriu prazo para as partes apresentarem suas alegações finais. Ainda não há data definida para que a magistrada profira sua decisão: se a delegada será submetida a julgamento por um júri popular ou será absolvida. 

Durante a audiência foram ouvidas quatro vítimas e 10 testemunhas de defesa e de acusação. Nos depoimentos, as vítimas afirmam que a delegada negou qualquer tipo de ajuda oferecida pelas equipes policiais presentes no local no dia do crime. Eles pediram que Monah saísse de casa e entregasse as armas. 

Alegaram também que a delegada estava muito agressiva e que, em determinado momento, saiu de casa armada, chegando a encostar a arma no escudo de um dos policiais. Por isso, um dos agentes disparou  uma arma de choque elétrico para conter Monah, que teria falhado e levado a ré a atirar quatro vezes. 

As quatro vítimas declararam que nenhum disparo de arma de fogo letal foi disparado, apenas uma bala de borracha. Ela foi presa após 48h de negociações.

Relembre o caso

No dia 22 de novembro de 2023 quatro policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) apareceram na porta do apartamento, e a servidora fez uma transmissão ao vivo relatando a situação. No vídeo, Monah afirmou que vinha sofrendo episódios de assédio moral no trabalho e que, logo após o fim das suas férias, os “atos humilhantes, assediadores, bizarros, adoecedores” voltaram a acontecer. Aos mais de 700 espectadores, a delegada disse que apresentou denúncias sobre o que estava ando aos órgãos competentes, mas que nenhuma delas foi investigada. 

Monah e os outros agentes discutiram no corredor do prédio e disparos foram feitos, dando início a uma negociação. A delegada ficou trancada dentro do apartamento por quase 30 horas e fez novos disparos de dentro do imóvel. Ela optou por sair de casa, foi sedada e presa, devido aos tiros feitos contra os agentes. Dias depois, Monah saiu da prisão após decisão da Justiça.

Na época, em coletiva de imprensa, o porta-voz da corporação, delegado Saulo Castro, explicou que os agentes foram até o endereço depois que a mulher enviou mensagens em um grupo de trabalho, o que gerou preocupação nos colegas. “A delegada de polícia retornava das férias e enviou em um grupo mensagens que sugeria algo que pudesse levar a uma situação contra sua própria saúde. Colegas de trabalho vieram aqui para acolher a colega. A conversa não se desdobrou, ela estava mais exaltada, e julgamos necessário chamar a Core”, disse.

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Apesar das afirmações de Castro, a delegada afirmou que “em nenhum momento” deu a entender que tiraria a própria vida. “Dei a entender que não voltaria para aquele purgatório. Eu apresentei denúncias na ouvidoria do Estado, na ouvidoria da Polícia, na corregedoria, no fiscal do MPMG”, afirmou.

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