VALE DO JEQUITINHONHA

Morre recém-nascido abandonado e atacado por cães em cidade mineira

O bebê foi encontrado em um lote vago no último sábado (19/4) e transferido para o Hospital João XXIII

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O bebê recém-nascido encontrado na cidade de Angelândia, no Vale do Jequitinhonha, no sábado (19/4), faleceu nesta quarta-feira (23/4) no Hospital João XXIII em Belo Horizonte. A morte foi confirmada pela prefeitura do município nas redes sociais.

Em nota, a prefeitura de Angelândia escreveu que será responsável pelo traslado e se compromete em garantir uma “despedida digna”.

"Estamos providenciando, com a máxima urgência, toda a documentação necessária para a liberação do corpo, incluindo o atestado de óbito e demais registros exigidos. Além disso, a prefeitura está organizando o traslado do corpo de Belo Horizonte para Angelândia e prestará todo o e necessário para a realização do funeral", disse. 

Os avós foram presos preventivamente por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado.

No último sábado, a criança foi encontrada abandonada em um lote vago no Bairro Vila Nova com amputação traumática total da orelha e pé esquerdos. O pé direito também apresentava ferimentos. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), as lesões eram compatíveis com ataque de animal.

O CBMMG também informou, que ao chegar ao local, em um primeiro momento, a vítima já tinha sido socorrida por moradores antes da mobilização da equipe, que concentrou-se no e aéreo.

Devido ao estado grave em que se encontrava, o bebê foi transportado pela aeronave Arcanjo 06 para atendimento médico no Hospital João XXIII. 

A reportagem procurou a prefeitura para atualizações sobre o translado do corpo, mas não obteve retorno.

Entenda o caso

A mãe da vítima seria uma adolescente de 16 anos que mora ao lado do local onde o bebê foi deixado.

De acordo com a Polícia Militar, vizinhos encontraram o recém-nascido sendo atacado por cachorros e conseguiram espantá-los antes da chegada do socorro. Testemunhas informaram que, na casa vizinha ao lote, vivia uma adolescente que aparentava estar grávida, embora tentasse esconder a gestação.

Na noite anterior ao ocorrido, vizinhos relataram ter ouvido o choro de um bebê vindo da casa da jovem. Na manhã seguinte, a mãe e o padrasto da adolescente estavam com o solicitante no momento em que o bebê foi encontrado, mas deixaram o local sem prestar ajuda.


Ao chegar à residência da adolescente, os policiais não foram atendidos. Como a porta estava parcialmente aberta, eles entraram e encontraram uma toalha com manchas de sangue e uma cama suja, além do chão úmido e um frasco de limpador multiuso próximo ao quarto, indicando que o local havia sido recentemente limpo.

A polícia localizou a adolescente em uma área rural da cidade, na casa de um parente com os avós da criança. A jovem negou a gravidez e alegou usar uma cinta abdominal para afinar a cintura. No entanto, exames médicos revelaram útero contraído, colo aumentado, lacerações perineais e sangramento ativo, sinais compatíveis com um parto recente.

Mãe e avós do recém-nascido

Diante do laudo, a adolescente foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado. A mãe, de 36 anos, e o padrasto, de 39, avós do recém-nascido, foram presos em flagrante pelo mesmo crime. A Polícia Civil (PCMG) esclarece que eles foram encaminhados para o sistema prisional e seguem à disposição da Justiça.

Já em relação à adolescente, a PCMG afirmou que ela foi ouvida, acompanhada dos representantes legais; após os procedimentos de polícia judiciária, foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado, assim como os avós do bebê.

O Ministério Público de Minas Gerais informou que ofereceu à mãe do recém-nascido representação para internação provisória, ou seja, medida cautelar que pode ser aplicada a um adolescente em situação de conflito com a lei, antes de uma sentença definitiva tendo o pedido sido acolhido pelo Poder Judiciário para a genitora.

A vaga para cumprimento da medida foi reservada e será efetivada assim que concluídos os atendimentos médicos de que a adolescente necessita. 

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*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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