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NO INTERIOR DE MINAS

Estupros, abortos e fetos no quintal: Justiça de MG começa a ouvir vítimas

Crimes sexuais, violência doméstica e psicológica ocorreram em Novo Oriente de Minas, no Vale do Mucuri, entre 2001 e 2024

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A Justiça começa a ouvir, nesta terça-feira (11/3), em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais, as vítimas de um homem de 55 anos denunciado em outubro ado, acusado de estupro e cárcere privado da companheira, além de crimes sexuais contra duas filhas do casal na zona rural de Novo Oriente de Minas, na mesma região. O processo está sob segredo de Justiça. Os crimes ocorreram entre 2001 e 2024, e o suspeito está preso preventivamente desde outubro do ano ado.

Segundo a denúncia apresentada à Justiça pela 2ª Promotoria de Justiça de Teófilo Otoni, a mulher só saía de casa para receber benefício assistencial ou resolver questões escolares das crianças.

Segundo o Ministério Público, a mulher teria engravidado dez vezes. Desses casos, dois abortos foram provocados pelo então marido. O número diverge do informado pela Polícia Civil (PCMG) em outubro ado, quando a instituição afirmou, ao concluir o inquérito e indiciar o suspeito, que a ex-companheira sofreu três abortos após ser forçada a ingerir medicamentos.

Ainda conforme a PCMG, um dos fetos tinha oito meses, e todos foram enterrados no quintal da casa, onde uma roupinha de bebê foi encontrada. Por isso, o homem também responde por ocultação de cadáver.

O crime de estupro de vulnerável foi cometido contra as duas filhas do casal, à época menores de 14 anos. A mulher também era forçada a manter relações sexuais contra a própria vontade. Os dois tiveram sete filhos no total.

O homem também responde por violência psicológica contra os filhos e a ex-esposa, que também sofria violência doméstica. “Só conseguimos imputar a violência psicológica a partir do momento em que o crime foi tipificado no Código Penal. O fato é que a então esposa viveu essa situação por mais de 20 anos. O homem a ameaçava e agredia na presença dos filhos, além de privá-la de liberdade e forçá-la a manter relações sexuais”, afirmou a promotora de Justiça Renata Oliveira Schlickmann.

De acordo com o MPMG, uma das filhas do casal, que não foi vítima de estupro, mas sofreu violência psicológica, procurou a Polícia Civil e fez a denúncia. Esposa e filhos tinham muito medo do acusado. Alguns, já adultos, começaram a fugir de casa, e a mãe também fugiu com os filhos que ainda eram crianças, informou o MPMG.

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